sábado, 20 de fevereiro de 2016

Tudo novo de novo!

 
Oi, filho.

Essa semana estamos readaptando na escola.
Você saiu do berçário e foi pro Maternal 1. Outro prédio, outras pessoas, outra turma. 
Tudo novo de novo. 
E depois das férias em casa, grudadinho com a gente, está sendo difícil como imaginava que seria. 
Mas de alguma forma, tem algo de diferente.
Parece que um ano depois nós dois somos pessoas muito diferentes daquelas que passaram pela primeira adaptação.
Já estamos familiarizados com a escola. 
Já consigo me reconectar com o mundo lá fora quando você não está, já me reencontrei em outras funções, cresci, sobrevivi e me sinto bem mais segura.
Você também cresceu. Muito. Não só no tamanho. Na esperteza, na argumentação e no entendimento do que acontece ao seu redor. 
Todos os dias me surpreendo com nossas conversas, com sua memória, com as conexões que faz, com a sua capacidade de observação. 
Você se tornou um garotinho muito falante, divertido, que repete tudo que observa e aprende tudo que ensinamos. 
É verdade que tudo isso colabora pra que esse processo de adaptação seja diferente do ano passado, facilita nossas conversas e faz com que você tenha mais noção do que está acontecendo.
Estamos separados por menos tempo, você interage melhor com outras crianças, corre, brinca e se interessa por diversos estímulos oferecidos no ambiente escolar.
Sim, todos esses fatores podem estar tornando esse recomeço diferente daquele de um ano atrás.
Mas aquele momento da separação... Aquela hora em que me abaixo, te abraço e digo que volto depois... Essa coisa de despedida ainda não superamos. 
Talvez pela sua falta de noção de tempo. Talvez pela minha dificuldade em lidar com seu choro sentido, me chamando e pedindo pra ficar. 
Vai passar, eu sei. Em breve nos adaptaremos à nova rotina e tudo fica bem novamente.
Mas enquanto isso, sofremos. E choramos, sim.
De qualquer forma, estou muito orgulhosa de nós dois, meu amor. Pela nossa coragem, pelas nossas conversas, pelo feedback que tenho tido das profissionais que te acompanham, por ter sido forte todos esses dias e não ter deixado você me ver chorar em nenhum momento. Pela sinceridade que temos tratado todo o processo. 

Obrigada, meu amor, por me ensinar a ser forte, por me mostrar que entende, pelo sorriso largo quando chego pra te buscar, pelo abraço apertado quando nos reencontramos, pelas novidades que traz de tantas coisas novas que tem aprendido. 
Obrigada por me fazer ver que é difícil, sim, mas que pode ser mais leve com nosso amor.
Te amo, filho.






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